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ÁLBUM: Karol Ka - Karol Ka


★★★★★ (2/5)


Karol Ka, anteriormente conhecida como Karol Cândido, já tem uma extensa carreira, embora frágil e sem muito embasamento. Desde 2003 ela já acumula participações em diversos talent shows (embora não tenha ganho nenhum deles), um álbum góspel, trabalhos como atriz, backing vocal e até mesmo cover, além de uma série de singles independentes.


Agora pela Universal Music, com quem assinou contrato este ano, ela conquistou a chance de construir uma carreira mais sólida com investimento pesado. O primeiro trabalho pela gravadora é o EP homônimo Karol Ka, que foi lançado em 23 de outubro com quatro faixas inéditas. Confira a crítica detalhada abaixo.


Faixa à faixa

“Selfie Colado”, lançado como primeiro single, mistura a batida pop com um clima árabe, nos remetendo ao mesmo estilo utilizado em “Rich Girl”, de Gwen Stefani, e “Vem, Habib (Wala Wala)”, da girlband Rouge. As boas referências, porém, param por ai. Quando analisamos a letra da música percebemos que os versões são pobres, como em “Carreguei o meu celular / Bateria não vai acabar / Na hashtag eu vou colocar ‘que festa maneira'.”, mas pioram mesmo no refrão: “Biquinho, sorriso / É só me curtir que depois eu te sigo”. Poderia ser perfeitamente um jingle de comercial de smartphone, dando a sensação de vergonha alheia e algo bem cafona. A impressão é que seria algo que poderia ser gravado por Latino e isso nunca é bom.


"Bonde das Brabas" pende mais para um funk melody, mas continua pecando na letra. A música fala que a personagem não vai se deixar levar por "jóias, carros e mansão". Sério? Em que mundo vivemos onde as garotas ainda sonham com mansões, como na década de 2000. A faixa parece ter saido do antigo grupo de Karol em 2010, o Kandies, quando ela cantava também faixas vergonhosas como "Videogame" ("você e esse videogame"). A sensação de jingle também continua, com a rede social Instagram sendo citada a todo mundo, numa tentativa de parecer moderna, mas sendo na verdade bem raso.


"Baby, Não Me Deixe" é um reggaezinho no maior estilo semelhante ao de "Zen", de Anitta". A faixa é gostosa de ouvir e os vocais de Karol, sem as estripulias que ela tanto gosta de exagerar, estão em seus melhores momentos. A letra romântica e com bem mais profundidade nos faz sorrir pelo simples motivo de ouvir algo tão leve e sentimental. Cantando "Você faz meu dia triste se tornar tão bom / Só de sorrir, me faz cantar / Baby vem, vem só pra mim /Sua voz me faz feliz" vamos uma Karol bem mais profunda e pronta para ganhar as rádios.


"Ih, Falhou" é uma faixa bem feminista, condizente com o momento atual das mulheres nas rádios. Apesar do refrão fraco, a faixa é uma boa pedida para dançar e tem uma produção bem trabalhada.

Destaques

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