Marjorie Estiano levanta campanha contra padrões, transfobia e machismo
Marjorie Estiano é mesmo um exemplo de artista. Além de escolher papeis selecionados que desafiem seu talento como atriz e trabalhar com autonomia como cantora, ela ainda é ligada sempre à causas sociais e no combate ao machismo e outros preconceitos. Em sua página oficial no Facebook na última sexta-feira (8) a cantora publicou uma foto com uma camiseta em apoio à luta contra a transfobia.
Além disso ela também publicou uma mensagem falando sobre a quebra dos padrões impostos pela sociedade, que tira a liberdade das próprias escolhas pela pressão em fazer parte de algo comum, além do próprio machismo que separa homens e mulheres por gostos pré-definidos. Marjorie ainda citou uma frase da peça escrita por Rafael Primot. Confira:
"Tem que comer! Tem que dançar! Tem que sorrir! Tem que ser magra? Tem que ter cabelo liso! Tem que ter pele branca! Tem que casar? Casou, tem que ter filho? Tem que amar alguém do sexo oposto? Família tem que ser composta por um homem e uma mulher! Tem que ser rico! Tem que gostar de Rock! Tem que ser católico! Tem que acreditar em Deus? Tem que ser trans pra lutar contra a transfobia? Tem que dar exemplo do correto? Qual é o correto mesmo? São tantas obrigações...que exaustão. De todas, a que eu tomo primordialmente como minha e que ainda assim, por vezes, me traio é a obrigação de ser livre!
"Se eu lhe pareço um monstro, digo que sou um homem da natureza, a natureza me inspira e me impõe isso. Obedeço meus desejos, meus anseios mais íntimos e puros. O que é natural não se discute, assim sendo não há lugar para essa moralidade. E antes que pareça ser mais um devaneio insensato de um seguidor do Marquês de Sade, digo ainda que sou o mestre modernizado, utilizando para isso todas as artimanhas que o dinheiro e a contemporaneidade me propõe…disfarces, subterfúgios, não há porque ser punido, o que faço é consensual, portanto legítimo. Nem as polícias, nem Deus." Trecho da peça que assisti ontem, do meu amigo gênio Rafael Primot, que está em cartaz no c.c. Justiça! Quarta e quinta! Ditas pelo igualmente genial Leandro Daniel.
Ao invés de ensinar piano às meninas, pilotar carros aos meninos, os pais deveriam prescrever a liberdade como o elemento de obediência e regra de conduta. Ah, e jamais perdoar às faltas às aulas de física!"
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