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Fernanda Abreu revela como trouxe a música pop para o Brasil


Durante entrevista ao The Noite, Fernanda Abreu contou sobre sua transição da Blitz para a carreira solo, explicando que houve quatro anos de intervalo entre o último trabalho com o grupo, em 1986, e o primeiro solo, em 1990, exatamente pelo fato de querer compor e produzir suas próprias músicas, sem se tornar um produto fonográfico pronto. A cantora ganhou de Liminha, produtor musical, uma bateria eletrônica, porém na Blitz ela era apenas backing vocal, não podendo compor e expor as próprias músicas, fato este que levou-a à esperar um tempo para a carreira solo, para poder produzir um trabalho autoral. "Eu comecei a compor na bateria, dai aprendi guitarra, fui fazendo aos poucos".


Jorge Davison, diretor da EMI, quis assinar contrato com Fernanda logo em 1986, no fim do grupo, mas a cantora pediu para esperar por seu trabalho autoral, recusando o contrato. "O Jorge disse 'Vamos logo lançar um disco, se não as pessoas vão te esquecer, é bom você continuar', mas eu disse que não tinha material, que não ia fazer um disco da gravadora só colocando voz, precisava do meu próprio trabalho. O Herbert Vianna produziu quatro faixas que eu compus e levamos a demo para a EMI e o Jorge", explicou ela, revelando que preferiu não seguir no caminho do pop rock, mas sim fazer sua verdade.


Na época o diretor afirmou que não havia mercado para a música pop brasileira, uma vez que o rock estava em alta e a música pop estava começando nos Estados Unidos, porém Fernanda garantiu que poderia abrir espaço no Brasil, assinando contrato com a EMI para seu primeiro álbum. "Eu falei 'não tinha, mas vamos inaugurar' e assim começamos". Fernanda ainda explicou que suas maiores influências no início de carreira foram Prince, Michael Jackson e Madonna, além da música dance-pop.


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